Em agosto de 2010 lá estava eu sentada em frente a uma professora surda, me transmitia todo o significado das sinalizações que a língua de sinais tem.
Ali na ASG me deparava com um surdo em cada m², secretaria, cantina, portaria, tesouraria, começava adentrar um mundo antes desconhecidos. Pude perceber a beleza de sua cultura.
Uma cultura de solidariedade, sem maldade, muitas vezes incapazes de compreender os perigos que corremos em uma sociedade violenta, que a cada dia perde sua empatia.
Aprendi, entretanto que posso me deparar com um aluno que possua surdocegueira, algo até então não imaginado por mim.
O que vem a ser: “Perdas auditivas e visuais simultâneas e em graus variados. A diferença de um cego ou surdo para um surdo-cego é que este não tem consciência da linguagem e, portanto, não aprende a se comunicar de imediato.” MEC/SEESP, 2003.
Os estudos do BRAILLE foram enriquecedores, a professora nos demonstrou metodologias surpreendentes, que possibilitam não apenas alcançar o aluno cego, mas sim toda turma.
Por meio dessa especialização pude perceber que o sistema educacional ainda não está totalmente preparado para atender as crianças surdas, cegas e surdo-cegas. Há um grande desafio por parte dos profissionais de educação estar atuando em sala de aula com eles.
Porém, hoje posso ministrar minhas aulas com muito mais segurança, conhecimento e dinamismo.
